Lei da Memória Democrática: Novas Oportunidades de Cidadania para Descendentes

Lei da Memória Democrática: Novas Oportunidades de Cidadania para Descendentes

A Lei da Memória Democrática abriu novas portas para milhares de descendentes de espanhóis ao redor do mundo que desejam obter a cidadania espanhola. Com foco na reparação histórica e no reconhecimento dos direitos das famílias afetadas pela Guerra Civil e pelo regime franquista, essa legislação representa um avanço significativo. Agora, filhos, netos e até alguns bisnetos de cidadãos espanhóis têm a chance de reconectar-se oficialmente com suas origens.

Além disso, a nova lei simplifica parte dos trâmites legais e amplia o número de pessoas que podem solicitar a cidadania com base em vínculos familiares. Por isso, entender seus critérios e benefícios é essencial para quem busca esse reconhecimento. A seguir, vamos explicar o que mudou com a nova legislação, quem tem direito e como iniciar o processo de forma segura e organizada. Confira!

O que é a Lei da Memória Democrática?

Aprovada em outubro de 2022, a Lei da Memória Democrática representa um marco importante na história recente da Espanha. Seu principal objetivo é reparar as injustiças cometidas durante a ditadura de Francisco Franco e a Guerra Civil Espanhola.

Com isso, o governo espanhol reconhece e valoriza a memória daqueles que foram perseguidos, exilados ou silenciados por motivos políticos, ideológicos ou religiosos ao longo desse período sombrio.

Entre suas medidas mais relevantes, destaca-se a ampliação do direito à cidadania espanhola para descendentes de exilados. Isso inclui filhos e netos de espanhóis que deixaram o país forçadamente, oferecendo a esses descendentes uma nova chance de reconectar-se com suas raízes.

Além disso, a lei também beneficia filhos de mulheres espanholas que, antes de 1978, perderam a cidadania ao se casarem com estrangeiros — uma prática discriminatória que agora é corrigida.

Vale ressaltar que a Lei da Memória Democrática substitui a antiga “Lei da Memória Histórica”, de forma mais abrangente e inclusiva. Enquanto a legislação anterior apresentava restrições e prazos limitados, a nova norma flexibiliza o processo, abrindo caminho para mais famílias de origem espanhola regularizarem sua situação e obterem reconhecimento oficial.

Portanto, essa legislação não apenas resgata o passado, mas também constrói um futuro mais justo para milhares de descendentes de espanhóis ao redor do mundo.

O que foi a ditadura de Francisco Franco e a Guerra Civil Espanhola

A Guerra Civil Espanhola ocorreu entre 1936 e 1939 e foi um conflito violento que dividiu o país entre dois lados principais: os republicanos, que defendiam uma Espanha democrática e progressista, e os nacionalistas, liderados pelo general Francisco Franco, que buscavam um regime autoritário e conservador. A guerra terminou com a vitória dos nacionalistas, marcando o início de uma das ditaduras mais longas da Europa no século XX.

Com o fim da guerra, Francisco Franco assumiu o poder e instalou uma ditadura que durou de 1939 até sua morte, em 1975. Durante esse período, o regime de Franco restringiu liberdades individuais, perseguiu opositores políticos, censurou a imprensa e promoveu uma política de repressão cultural e ideológica. Milhares de pessoas foram presas, exiladas ou mortas por se oporem ao governo ou por sua ligação com o antigo regime republicano.

Além disso, a ditadura impôs um modelo centralizador e nacionalista, reprimindo línguas regionais como o catalão e o basco, e eliminando qualquer forma de organização contrária ao regime.

A Lei da Memória Democrática, criada décadas depois, busca justamente reconhecer e reparar os danos causados por esse período sombrio da história espanhola, oferecendo justiça às famílias afetadas pela guerra e pela ditadura.

Como saber se sou contemplado pela Lei da Memória Democrática?

Para saber se você é contemplado pela Lei da Memória Democrática da Espanha, é essencial entender os critérios estabelecidos por essa legislação. Essa lei, aprovada em 2022, tem como um dos principais objetivos reparar injustiças do passado e facilitar o reconhecimento da cidadania espanhola a descendentes de exilados do regime franquista.

Em primeiro lugar, verifique se você tem ascendência espanhola. A lei beneficia filhos e netos de espanhóis que deixaram o país por motivos políticos, ideológicos ou de perseguição durante a ditadura de Franco ou a Guerra Civil Espanhola. Ou seja, se um dos seus pais ou avós é ou foi espanhol, você pode estar entre os contemplados.

Além disso, a nova legislação permite que filhos maiores de idade de espanhóis naturalizados pela Lei da Memória Histórica (de 2007) também solicitem a cidadania, mesmo que tenham ficado de fora anteriormente. Isso amplia significativamente o número de brasileiros elegíveis.

Outro ponto importante é que não há exigência de renúncia à nacionalidade brasileira, pois Brasil e Espanha permitem a dupla cidadania.

Para confirmar se você tem direito:

  • Reúna documentos que comprovem a origem espanhola do seu ascendente (certidões de nascimento, casamento e outros registros).

  • Agende um horário no consulado espanhol mais próximo.

  • Consulte advogados ou especialistas em nacionalidade, caso precise de orientação mais detalhada.

Em resumo, se você é descendente direto de espanhóis afetados pelo regime franquista, pode estar entre os beneficiados pela nova lei. Aproveitar essa oportunidade exige atenção aos documentos e prazos, mas pode abrir portas para um novo futuro na Europa.

Principais documentos necessários

Do requerente (você):

  • Passaporte válido;

  • Documento de identidade com foto (RG ou equivalente);

  • Certidão de nascimento em inteiro teor, apostilada segundo a Convenção de Haia;

  • Certidão de casamento (se aplicável);

  • Comprovante de residência atualizado;

  • Formulário de solicitação preenchido (disponível no site do consulado espanhol);

  • Declaração formal expressando o desejo de adquirir a cidadania espanhola (modelo fornecido pelo consulado).

Do ascendente espanhol (avô, avó, pai ou mãe):

  • Certidão de nascimento espanhola ou outro documento que comprove o nascimento na Espanha;

  • Documento que comprove a saída da Espanha (como passaporte antigo, registro de estrangeiro no Brasil, certidão de naturalização ou entrada no país);

  • Certidão de casamento;

  • Certidão de óbito (se aplicável).

Documentos para comprovar o vínculo familiar:

  • Certidões de nascimento em inteiro teor de todas as gerações intermediárias (do ascendente espanhol até você), que demonstrem a linha de descendência direta.

Atenção:

  • Todos os documentos brasileiros devem estar apostilados;

  • Em alguns casos, pode ser exigida a tradução juramentada para o espanhol.

É mais fácil ou mais difícil obter a cidadania pela Lei da Memória Democrática?

Obter a cidadania espanhola por meio da Lei da Memória Democrática costuma ser mais fácil em comparação com outros caminhos tradicionais, como a naturalização ou o casamento. Isso porque a lei foi criada com o objetivo de reparar injustiças históricas, facilitando o reconhecimento da nacionalidade para descendentes de espanhóis exilados durante o regime franquista ou a Guerra Civil.

Ao contrário de outros processos, ela dispensa exigências comuns, como tempo de residência na Espanha, prova de vínculo atual com o país ou conhecimento do idioma espanhol. Além disso, a documentação exigida é objetiva e centrada na comprovação da origem familiar, tornando o processo mais direto para quem já tem acesso aos registros dos antepassados espanhóis.

Por outro lado, é importante lembrar que, embora o caminho seja mais acessível, ainda é necessário cumprir rigorosamente os requisitos e apresentar a documentação correta, como certidões de nascimento em inteiro teor e documentos que provem o exílio do ascendente.

Memória Democrática vs Outras vias de Cidadania Espanhola

É importante saber que a Lei da Memória Democrática não é a única via disponível. A Espanha oferece outros caminhos para quem busca a cidadania:

  • Cidadania por descendência (jus sanguinis): disponível para filhos de espanhóis nascidos fora da Espanha. Em alguns casos, netos também têm direito, desde que preencham certos requisitos legais.

  • Cidadania por residência: destinada a estrangeiros que vivem legalmente na Espanha por um período contínuo — geralmente 10 anos, mas esse tempo pode ser reduzido para brasileiros (2 anos), devido a acordos entre os países.

  • Cidadania por casamento: após um ano de residência legal na Espanha, o cônjuge de um cidadão espanhol pode solicitar a cidadania.

  • Cidadania por origem sefardita: embora com prazos encerrados, foi um caminho criado para descendentes de judeus expulsos da Espanha no século XV.

Portanto, se você não se enquadra na Lei da Memória Democrática, ainda pode explorar outras alternativas legais para conquistar sua cidadania espanhola.

Prazo para solicitar a cidadania pela Lei da Memória Democrática

O prazo para solicitar a cidadania espanhola por meio da Lei da Memória Democrática é limitado e exige atenção. A lei entrou em vigor em 21 de outubro de 2022, com validade inicial de dois anos. No entanto, o governo espanhol já confirmou a prorrogação por mais um ano, estendendo o prazo final até o dia 21 de outubro de 2025.

Com isso, os descendentes espanhóis têm até essa data para reunir a documentação necessária e enviar o pedido de cidadania. Vale lembrar que, por ser um processo que pode envolver a obtenção de certidões no Brasil e na Espanha, começar o quanto antes faz toda a diferença.

Além disso, respeitar o prazo é fundamental, já que a Lei da Memória Democrática tem caráter temporário e, ao que tudo indica, não haverá uma nova prorrogação. Portanto, se você tem direito, não deixe para a última hora.

Como obter sua cidadania através da LMD

Obter sua cidadania espanhola por meio da Lei da Memória Democrática (LMD) pode ser mais simples do que parece — especialmente com orientação especializada. Essa lei permite que filhos, netos e até bisnetos de espanhóis exilados pela Guerra Civil ou pela ditadura de Franco solicitem a nacionalidade, desde que comprovem o vínculo com o familiar que deixou a Espanha por motivos políticos, ideológicos ou de perseguição.

O primeiro passo é confirmar se você se enquadra nos critérios da LMD. Depois, é necessário reunir a documentação exigida, como certidões de nascimento, casamento, comprovantes de exílio e outros documentos que estabeleçam a linha de descendência.

Em seguida, você deve apresentar o pedido no consulado espanhol responsável pela sua jurisdição, até o prazo final: 21 de outubro de 2025. Vale destacar que os documentos precisam estar completos, atualizados e, em muitos casos, traduzidos e apostilados.

Para facilitar esse processo, contar com a ajuda de uma equipe especializada faz toda a diferença. A Você Europeu é referência em cidadania espanhola e oferece assessoria completa, desde a análise da sua árvore genealógica até o preparo e envio do pedido. Com experiência e agilidade, a equipe garante que sua solicitação seja feita da forma correta, evitando erros que poderiam atrasar ou até inviabilizar o processo.

Portanto, se você tem direito, não deixe para depois. Entre em contato com a Você Europeu e dê o primeiro passo rumo à sua dupla cidadania.

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